segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

cidade historica de são francisco do sul

História

São Francisco do Sul é a cidade mais antiga de Santa Catarina. Colonizada por franceses, espanhóis e açorianos, sua primeira ocupação, foi feita temporariamente por espanhóis por volta de 1553. Não existem provas de que teria sido um dos pontos onde em 1504 a expedição de Binot Paulmier de Gonneville teria aportado.
Em 1640, Gabriel de Lara, "Alcaide mór, Capitão mór, Povoador da Vila de Nossa Senhora do Rosário da Capitania de Paranaguá", com portugueses e vicentistas, procedentes de Paranaguá, fundou a 3 de dezembro de 1641 a Vila de Nossa Senhora da Graça do Rio São Francisco.
Em 1658, Manuel Lourenço de Andrade, acompanhado por casais portugueses e paulistas, chegou a São Francisco, com plenos poderes, concedidos pelo Marquês de Cascais, para povoar a terra, repartindo-a entre a sua comitiva e os que fossem chegando. Já em em 1660 foi elevada à categoria de vila e tornou-se paróquia, recebendo seu primeiro vigário, o Padre Manuel dos Santos.
A glória da fundação do primeiro estabelecimento catarinense atribuem os historiadores, tanto a Andrade como a Lara, segundo o livro Colonização do Estado de Santa Catarina - Dados históricos e estatísticos (1640-1916) - Secretaria Geral dos Negócios do Estado - 1917. Seria justo atribuir a fundação a Ângelo Francisco, que foi, na verdade, o primeiro povoador da ilha de São Francisco.
Finalmente em 1847 é elevada a categoria de cidade.

[editar] O "descobrimento"

A teoria de que São Francisco do Sul foi descoberta pelos franceses nunca foi provada. Nem o nome da ilha ou mesmo a exata localização da portagem de Gonneville consta na relação completa da viagem escrita pelo ele mesmo.[6] Parte desta hipótese se deve a uma interpretação das discussões teóricas do historiador Costa Pereira em seu livro "História de São Francisco do Sul", que afirmou veementemente no mesmo livro, que "jamais se saberia com certeza aonde Gonneville aportou". A história documentada da viagem relata que em 24 de Junho de 1503, partiu do porto de Honfleur, França, a expedição de Binot Paulmier de Gonneville, a bordo do veleiro L'Espoir. Seis meses após sua partida da França, a expedição descobriu uma grande terra, que devido a vento terral contrário, só puderam aportar na tarde do dia seguinte. Segundo o pesquisador Oswaldo Rodrigues Cabral, em sua obra "História de Santa Catarina", a terra era descrita como fertilíssimo, abundante em animais, aves, peixes e árvores, e povoada por índios carijós, que "procuravam apenas passar a vida alegre, sem grande trabalho, vivendo da caça e da pesca, e do produto espontâneo da terra, e de alguns legumes e raízes que plantavam".
Carlos da Costa Pereira, nos diz que essa nação indígena era amistosa, e tinha por essa época como chefe o cacique Arosca. O capitão Binot Paulmier de Gonneville, antes de regressar à França, ergueu uma enorme cruz de madeira, com mais ou menos 35 pés, em uma colina com vista para o mar, em uma bela cerimônia no dia da Páscoa de 1504. A cruz foi carregada pelo capitão e pelos seus principais auxiliares no comando do navio, com a ajuda do chefe Arosca e outros índios importantes da tribo. Após a cerimônia foram distribuídos vários presentes aos índios, que foram avisados por meio de sinais de que deveriam preservar aquela cruz, onde se encontravam gravados os nomes do papa Alexandre VI, do rei Luís XII, do Almirante da França Louis Mallet de Graville, do Capitão Binot Paulmier de Gonneville e de todos os outros tripulantes do navio. Do outro lado da cruz foram gravadas as seguintes palavras: Hic Sacra Palmarivs Posvit Gonivilla Binotvs; Grex Socivs Pariter, Nevstraque Progenies - que significa: Aqui Binot Paulmier de Gonneville plantou esse objeto sagrado, associando em paridade a tribo com a linhagem normanda.
Gonneville retornando à França em 3 de julho de 1504, levou consigo um dos filhos de Arosca, Essomeric (Essomeric é provavelmente uma corrupção de Iça-Mirim, chefe pequeno), com a promessa de educá-lo no manejo de armas e fazê-lo voltar à sua terra natal após 20 luas. Outro índio, Namoa, morreu em alto-mar, vítima de escorbuto, segundo os relatos de viagem do próprio Gonneville.[7] Alguns relatos dizem que Namoa seria a jovem esposa de Essomeric. Ainda em alto-mar, Essomeric foi batizado de Binot, antes que morresse pagão, como Namoa. Impedido de voltar ao Brasil devido aos prejuízos sofridos na primeira expedição, Gonneville não pode cumprir sua promessa, dando em compensação uma boa educação ao índio, que casou-se em 1521, já com 31 anos, com sua filha Suzanne, legando-lhe parte de seus bens, com a promessa de que os seus descendentes do sexo masculino usariam o nome e as armas de Gonneville. Segundo os relatos de Muraro, Iça Mirim morreu em 1583, aos 95 anos, após ter 14 filhos com Suzanne, o que mostra ter se adaptado bem às condições de vida na França.
Chegada dos navegadores franceses.

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